Não é a casa de guloseimas da história de João e Maria (ou Hansel e Gretel, em Portugal), mas sua casa também pode ser feita de comida…ou das sobras dela.
Um dos maiores problemas ambientais no Brasil é o desmatamento. Estudantes do Centro Universitário Uni-BH criaram a madeira biossintética, feita com fibras de casca de coco. Ela substitui a madeira de que tanto precisamos e ainda reduz o lixo gerado pelo descarte de cascas de coco. Da mesma universidade há outro projeto de um piso com a fibra de coco, excelente para casa em países tropicais.
Frio não é exatamente um problema para quem vive no Brasil, mas se você precisar de isolamento térmico, já é possível que ele seja feito de cogumelos. A criação da Ecovative Design, em Nova York, baseia-se no cogumelo mycellium, sementes de algodão e resíduos agrícolas.
Além de isolamento térmico também é possível fazer móveis, revestimento automotivo, embalagens e até pranchas de surf com o material. O produto não tem sabor agradável, mas não há problemas se for ingerido, o que é uma preocupação para quem tem crianças em casa. A fabricação utiliza oito vezes menos energia e dez vezes menos CO2 emitido que as embalagens de espuma convencional. O material serve como adubo orgânico para o jardim quando descartado. Como o cogumelo cresce já na estrutura com a forma definida, não há gasto de moldagem da peça, só é necessário aquecê-la para que o cogumelo pare de crescer.
Já tendo então móveis e paredes, a casa precisa de telhado. E é o telhado verde, vencedor do Prêmio Instituto 3M para Estudantes Universitários. A proposta é a fabricação de telhas a partir da reciclagem de copos descartáveis que tanto enchem os cestos de lixo após bebermos água. As maiores vantagens dessas telhas é que são até 45% mais leves que as convencionais e cerca de 30% mais baratas. E claro, contribui para a redução do lixo gerado pelos copinhos.
Para a casa ficar completa, falta só iluminação. Faltava. Você já pode contar com uma lâmpada que emite luz por até oito horas usando apenas uma xícara de água salgada, a Salt Lamp. A ideia foi desenvolvida nas Filipinas, onde parte de seu território não possui acesso à energia elétrica. O funcionamento, semelhante ao de uma bateria, é bastante seguro comparado aos lampiões de querosene. A lâmpada pode ser usada por até seis meses até ser substituída. É sustentável e de baixo custo. Só falta o wifi, sua casa do futuro está completa!
Referências: Web Urbanist, Ecaderno, Unisol, Green Savers, Hypeness, Revista UniBH