Você ainda usa seu nariz para saber se o leite azedou? Confia cegamente na data de validade na embalagem? Esqueça já esses “métodos” pouquíssimo confiáveis para identificar um alimento estragado.
Engenheiros da Universidade de Berkeley desenvolveram uma tampa que detecta quando o leite está estragado. Impressa em impressora 3D, ela possui circuitos e sensores que identificam as mudanças em impulsos elétricos. Estes impulsos ocorrem com o aumento bacteriano. Quando a embalagem é chacoalhada e o leite entra em contato com a parte interna da tampa a reação acontece.
Estima-se que mais de 160 bilhões de dólares em alimentos viáveis para o consumo sejam descartados todos os anos no mundo. Felizmente há aparelhos como o Foodsniffer, um “nariz eletrônico” que identifica temperatura, umidade, amônia e outras substâncias nos alimentos indicando se o consumo é seguro. Funciona com diversos tipos de carnes e pescado. O dispositivo envia os dados para o seu smartphone via bluetooth. Custa 150 dólares (aproximadamente 450 reais). Ainda é um custo alto para uma família pequena, mas para restaurantes e supermercados pode representar uma economia enorme. Mais uma ferramenta para impedir que produtos sejam destinados ao lixo desnecessariamente e poupar os clientes de uma infecção alimentar.
Outra novidade é a etiqueta bio-reativa, que determina se o alimento está apropriado ao consumo. A etiqueta contém gelatina solidificada que se decompõe até se tornar líquida, expondo picos dentro da embalagem. Quando a etiqueta está lisa, o alimento está seguro, estiver irregular, descarte-o. A proteína da gelatina se degrada na mesma velocidade que a de carnes e laticínios. Esta ainda está em fase de testes mas, por ser barata e fácil de usar, já é bastante promissora no mercado.
Na China, também foi criada uma etiqueta que muda de cor quando o alimento está deteriorado. Indicadores vão do vermelho até o verde neon, quando o produto deve ser descartado. A tecnologia usada é de nano bastões que reagem entre si. A desvantagem do método é que é baseado em estimativa, não em reações com o próprio alimento, então não é tão preciso. A vantagem porém, é que pode ser usado em qualquer produto refrigerado e não só em laticínios ou produtos cárneos como os exemplos anteriores. Também pode ser usado em medicamentos refrigerados, o que o torna ainda mais desejado pelo mercado.
Uma coisa é certa, qualquer que seja a escolha ela é, sem dúvidas, melhor que que colocar o nariz para cheirar leite azedo.
Referências: Digital Trends, Geek, Geek