Quando se fala de café, quase ninguém lembra dele. Mas não pense que não há inovação em café instantâneo, a disputa por uma fatia desse mercado de 10 bilhões é enorme!
A demanda por café instantâneo está aumentando. Pessoas trabalhando fora de casa, morando em cidades e pouco tempo para preparar a bebida são fatores que impulsionam esse crescimento. O mercado global vale hoje 10 bilhões de dólares e estima-se chegar aos 13 bilhões até 2022. Para melhorar, a inovação em café instantâneo está estimulando a demanda, os produtos atuais tem aromas aprimorados e embalagens atraentes.
O café instantâneo, também conhecido como café solúvel, é feito pelo processamento de grãos de café torrados e moídos. Normalmente, usa-se dois métodos: secagem por pulverização e liofilização. A secagem por pulverização é o método mais utilizado e mais barato, mas a liofilização gera um produto melhor.
Os principais players são multinacionais como Nestlé (quase detém um monopólio com o Nescafé, falamos de uma inovação em modelos de negócios deles nesse post aqui), Jacob Douwe Egberts e Strauss group.
Nem só os grandes competem nesse mercado, a startup norte-americana Sudden Coffee quer revolucionar o segmento com café de melhor qualidade, alta tecnologia e um novo modelo de negócios.
A Sudden Coffee já tem concorrência, a Alpine Start também apostou na mesma tecnologia para fazer café solúvel, mas direcionada a outro público, os alpinistas, para levarem nas excursões.
Os cafés instantâneos têm um sabor amargo e às vezes até queimado por causa de seu processamento. Em geral usa-se o café de pior qualidade e a desidratação é feita em alta temperatura. Há demanda por um café melhor, feito com bons grãos, liofilização e desidratação em baixa temperatura. Encontraram um equilíbrio entre temperatura, pressão e tempo de secagem.
O resultado é mais caro que os demais, mas eles esperam diminuir conforme a produção escalar. Outro diferencial é o modelo de negócios: café como serviço (coffee as a service). O cliente paga uma taxa mensal pela internet e recebe os pacotes em casa. Uma alternativa prática e conveniente que claro, ainda não é tão saborosa quanto o café fresco, mas que supera tranquilamente os concorrentes instantâneos.
Por fim, a T’remo pretende levar a conveniência a outro nível com o “café mais rápido do mundo”. Basta colocar o bastão na xícara com água fervente, mexer por 10 segundos e está pronto. A startup norte-americana está em uma campanha de crowdfunding para tornar o projeto realidade.
Quem disse que não há inovação em café instantâneo?
Referências: Tech Crunch, The Spoon, Sprudge, The New York Times, Paste Magazine, Snowboard Mag, Food Dive