7% dos adultos americanos acreditam que o leite achocolatado vem de vacas marrons. É para desfazer mitos como esse e trazer inovação de verdade que o Eat Innovation existe.
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Innovation Center of US Dairy, são mais de 16 milhões de pessoas desinformadas. A pesquisa foi online, certamente teria variação se fosse presencial.
O fato é que a ignorância alimentar é alarmante não só nos EUA, mas em todo o mundo.
As crianças crescem em cidades, as pessoas consomem mais refeições fora de casa e a oferta de alimentos processados aumentou. Esse distanciamento da origem da produção alimentar está criando uma geração de “analfabetos agrícolas” (termo da mesma pesquisa) ou mesmo analfabetos alimentares.
Por que resolvi falar sobre isso sendo que este é um blog de inovação?
Porque o dado é tão assustador que eu não podia deixar passar em branco. E também porque essa é a maior razão pela qual eu escrevo esse blog: para levar conhecimento de inovação, ciência e tecnologia alimentar para as pessoas.
Ciência não é uma “caixa-preta” que apenas acadêmicos podem acessar. Nem todos os estudos “científicos” são bem feitos, há tantas formas de manipular pesquisas…
Eu poderia “escrever difícil”, usar jargões técnicos, mas coloco as coisas da maneira mais simples e correta possível, para que qualquer um possa entender, sendo especialista ou leigo. Também poderia evitar assuntos polêmicos, mas não fujo da raia.
Quer ver algumas polêmicas? Olha só:
- Potencial mal-cheiroso: a inovação e as fezes
- Cientistas criam máquina que transforma urina em cerveja
- Maconha de luxo: mercado em ascensão no mundo alimentar
- Brócolis com gosto de chocolate: porque você não deve comprar essa idéia
- Leite de baratas pode ser o seu alimento no futuro
Eu poderia falar só sobre curiosidades amenas, não criticar nenhuma inovação, nenhuma empresa, não me expôr. Mas não é esse o meu papel profissional. Com o boom da inovação, tem muitos “profissionais” se auto-intitulando especialistas em inovação e até dando cursos sobre isso!
Quando falta conhecimento é fácil cair na conversa de vigaristas auto-confiantes. O “profissional” deste vídeo aqui por exemplo,(me recuso a publicar vídeo de charlatão no meu blog!) diz que é cientista alimentar, mas não há qualquer registro dele em nenhum curso de ciências dos alimentos e claramente só propaga asneiras.
Escolhi fazer diferente, escolhi estudar nas melhores universidades que pude, ser cientista de alimentos, gastrônoma (fiz as duas graduações, mas não fiz Nutrição nem Engenharia de Alimentos, são cursos diferentes ok?) fazer um mestrado em gestão global da inovação. Sim, há mestres em inovação, apesar de ser comum ver pessoas que colocam “inovação” no currículo só pra valorizar, mas nunca estudaram. Era raro em 2014, mas foi o melhor curso da minha vida e até hoje compartilho esse aprendizado com vocês seguidores – informações sobre o curso aqui.
Apenas diploma não mede a capacidade de ninguém, por isso aproveitei tudo o que pode para ir além dele e aprender na prática.
Nunca fiz a “Bel Pesce”, guardo cada diploma com carinho porque ralamos (eu e minha família!) para conquistá-los. Nunca saí de um emprego com as portas fechadas, tenho muito respeito por tudo o que aprendi em cada lugar onde passei.
Até hoje cultivo o hábito de ler o máximo possível, aprender tudo o que puder, discutir, debater, questionar, não me contentar com papo furado, não enrolar ninguém.
Quantas pessoas não sabem de onde vem sua comida?
Acreditam que frango tem hormônio, que alimentos desidratados têm convervantes e que nos vendemos para a indústria alimentícia? (ainda estou esperando pagamento dessa “indústria mortífera”, nunca chegou!).
Quantos têm medo da inovação? Por que tantas empresas quebram? Por que os lançamentos falham? Por que novos produtos surgem todos os dias e saem das prateleiras em poucos meses?
É isso que quero mudar, é um objetivo ousado, confesso, mas espero que cada tendência que explico aqui, cada inovação que trago para o debate te faça pensar, te permita se preparar para a mudança, ouvir seus clientes e atender suas necessidades, as que eles têm e as que ainda nem sabem que vão ter.
O que eu espero de você seguidor? A sua participação!
Aproveitando esse post de esclarecimento, preciso te contar que este blog será monetizado em breve (não existe almoço grátis!). Estou estudando a melhor maneira de fazer isso e conto com a sua ajuda para que esse blog possa continuar existindo.
Agora me diga: o que você já aprendeu com este humilde blog? Que tipo de post mais gosta de ver aqui? O que você quer saber sobre inovação e tendências alimentares e tem vergonha de perguntar?
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Vamos fazer do Eat Innovation o porto seguro da inovação de alimentos? Vamos inovar juntos?