Fiat cria chave que não funciona se você estiver bêbado

As campanhas de prevenção à condução perigosa têm atuação limitada. Pensando em medidas mais eficazes, a Fiat lançou uma chave para o carro que não funciona se o motorista estiver bêbado.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), 55% da população brasileira tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas.No Brasil 3 pessoas morrem por hora em acidentes de trânsito. Para reverter esse cenário, a Fiat, junto à D3, desenvolveu a Fiat Safe Key. O dispositivo faz parte de um projeto de consciencialização do risco de beber e conduzir.

A chave inteligente contém um alcoolímetro, mais conhecido por “bafômetro”, que mede a quantidade de álcool no sangue e só funciona se as condições do condutor forem seguras. Na impossibilidade da condução, a própria chave envia um sinal via Bluetooth para o celular do dono do carro, que se conecta com um app de táxis ou envia um SMS para um contato previamente registrado.

Outra invenção veio de um estudante de apenas treze anos, Krishna Reddy desenvolveu um dispositivo que deteta se o motorista está sob o efeito de drogas. A análise, que ocorre em poucos segundos, requer apenas uma câmara digital, uma lanterna e um rolo de papel higiénico.

Quando uma pessoa usa drogas, a pupila do olho dilata e reage de maneira diferente. Para medir a dilatação, a lanterna é colocada na direção do olho e o rolo de papel higiénico direciona a luz para a pupila. Então, a câmara filma a pupila e um software realiza a medição. Como a compressão da pupila é da ordem de milímetros, a olho nu é muito difícil de detetar. E a vantagem sobre o alcoolímetro é que este capta alterações de diversos tipos de drogas.

A tecnologia pode mesmo salvar muitas vidas. Contudo, se a consciência não acompanhar estes dispositivos inovadores, de nada adianta. É possível burlar o sistema, fazer os testes no lugar dos amigos embriagados, é claro. Então, deixo-te as perguntas: você sopraria a chave para um amigo bêbado? E se ele batesse o carro naquela noite?

Fontes: G1, Exame, DN, D3, CNN Brasil, BBC Brasil