Imagine sentir o sabor da bebida na garganta e começar a relaxar tal qual após umas doses de sua bebida favorita, exceto por um detalhe, você não está bebendo nem um gole.
É o que promete o bar londrino Alcoholic Architecture (Arquitetura Alcoólica). A sensação de estar bebendo é a mesma, porém a inovação ocorre na nuvem úmida de álcool e energético para inalar os drinks no ar. Por ser absorvido pelos olhos e pulmões, o álcool entra rapidamente na corrente sanguínea sem passar pelo fígado. Assim com 60% da dose média que uma pessoa precisa para se embebedar, a nuvem alcóolica proporciona o mesmo efeito. Por isso, não é permitido que se passe mais que 50 minutos lá dentro. O bar é sazonal e só ficará aberto até 2016.
Da mesma forma que se pode ficar bêbado, também podes ficar sóbrio em minutos. Graças a nanocápsulas desenvolvidas na Universidade da Califórnia. Enzimas foram encapsuladas para imitar o processo que o corpo humano faz para processar o álcool. As cápsulas possuem dois tipos de enzima, uma que produz peróxido de hidrogênio e a outra que o decompõe. Em estudo feito em ratos, as enzimas atuaram rapidamente reduzindo os níveis de etanol no sangue. E podem ser usadas para tratamento em casos de coma alcóolico. O sucesso do remédio abre portas também para uma nova classe de medicamentos enzimáticos encapsulados. O mesmo grupo de pesquisadores já trabalha em outras frentes como a de um remédio para prevenir a calvície.
É tentador ficar bêbado e sóbrio com tamanha facilidade, porém os efeitos no corpo a longo prazo são desconhecidos. E tampouco as implicações de absorver álcool pelos olhos e pulmões. Além disso, isso poderia também incentivar o abuso do consumo de bebidas, especialmente entre os mais jovens, que já costumam exagerar. Por outro lado, qualquer um poderia sair para beber com os amigos e voltar dirigindo para casa sóbrio e seguro.
Na dúvida, quando estiver bebendo sem possuir a pílula mágica, melhor ficar com o slogan do bar da nuvem alcoólica: “respire com responsabilidade”.
Referências: Independent, io9, MIT Technology Review