Vivemos numa época de coisas descartáveis, objetos que viram lixo, tantas embalagens e o fim é sempre o cesto do lixo. Agora não é mais.
Uma empresa é responsável não só por seu produto, mas também pelas embalagens e até pela “vida após a morte” dele. Há um campo de estudo só para isso nos produtos, é a Avaliação do Ciclo de Vida. Numa máquina de lavar roupas, por exemplo, o impacto não é só o da produção, transporte e descarte da máquina quando esta estiver obsoleta, mas também o impacto gerado por anos de lavagem de roupas, a água com sabão que vai pro ralo toda semana.
E se as embalagens também pudessem ser produtos em si?
Não é de hoje que grandes redes têm unido inovação e embalagens para interagir com o público. Em 2011 a rede Starbucks já havia criado o copo temático para o natal com realidade aumentada. É bonita e interativa, mas o copo é descartável do mesmo jeito.
Já a rede KFC desenvolveu um balde para frango frito com uma impressora de fotos embutida. O balde-câmera fez parte da comemoração dos 60 anos de operação da rede. A brincadeira é interessante, pois a impressora funciona via bluetooth para interagir com os smartphones. É como as antigas Polaroids, só que em roupagem high tech. A empresa ainda não disse se vai comercializar temporariamente ou não o produto. Também não encontrei informação sobre como retirar a impressora para lavar o balde.
A Pizza Hut inovou ao lançar uma caixa de pizza que se transforma em projetor de filmes. As pizzas costumam vir com um pequeno tripé de plástico para que a pizza não encoste na tampa da caixa. Este tripé passou a vir com uma lente acoplada. A lente deve ser inserida na lateral da caixa junto do smartphone para projetar o filme. Para completar, se o usuário não tiver conta na Netflix, as caixas também contam com um QR code que permite baixar um filme gratuitamente. Esta ação, infelizmente só ocorreu em Hong Kong.
Por mais que tenham sido ações pontuais, já sinalizam uma tendência para o futuro. São oportunidades para estreitar relações com o consumidor em tempos de excesso de informações e de propaganda. E você, sabe de mais algum exemplo desses? Conte para nós!
Referências: Exame, B9, InfoMoney