No passado batatas não eram comida para humanos, só para animais. A descoberta de Eva Ekeblad mudou tudo. Dá pra imaginar o impacto dessa descoberta?
Aos 24 anos, Eva Ekeblad apresentou suas descobertas à Academia Sueca de Ciências e foi a primeira mulher admitida em 1748. A Suécia estava sofrendo com a escassez de aveia e cevada. Sua descoberta ajudou a resolver a crise alimentar no país e reduzir a fome, liberando esses cereais tradicionais para a produção de alimentos, pois a batata poderia substituir essas culturas na produção de álcool.
Eva descobriu que as batatas que era possível moer batatas em farinha ou transformá-las em álcool, abrindo caminho para o desenvolvimento de produtos sem glúten e para a destilação de vodka – isso por si só já é motivo suficiente para comemorarmos, mas ela não parou por aí.
Com espírito empreendedor, ela também percebeu que a farinha de batata que criou poderia ser usada como cosmético facial e pó de peruca para substituir o pó de arsênico usado na época (sim arsênico, que hoje sabemos ser venenoso, na época não se sabia).
Infelizmente demorou 200 anos até a Academia Sueca de Ciências admitir mais uma mulher, a física nuclear austríaca Lise Meitner ingressou apenas em 1951.
Eva Ekeblad nasceu em 10 de julho de 1724 e ganhou um doodle do Google em sua homenagem.
Imagine se não soubéssemos que batatas são comestíveis? Já pensou passar a vida sem batata frita?
Este post foi originalmente escrito em 10/07/2017 e atualizado e publicado em 12/08/2022.
Fontes: Google, Jersey Evening Post, Labiotech