Amêndoa, coco, arroz, soja… nada disso! O novo leite é feito de ervilhas. Sim, o leite de ervilha já é tido como uma promessa entre as bebidas vegetais. E aí, o que acha disso?
Tudo começou quando o empreendedor Adam Lowry vendeu sua empresa produtos de limpeza ecológicos e em vez de se aposentar, resolveu entrar num novo nicho. O problema que ele abordou: a insustentabilidade da cadeia de leite. A produção de leite tem uma alta pegada de carbono, então as alternativas vegetais tem conquistado cada vez mais adeptos inclusive entre os não veganos.
O empresário investiu na ervilha seca como matéria-prima para sua bebida. Ele iniciou então a Ripple, sua startup, para produzir o leite de ervilha que, segundo ele, é levemente cremoso, adocicado e não tem gosto de ervilhas.(Reforço aqui que leite é apenas o líquido gerado pelas fêmeas dos animais mamíferos, mas por ter aparência e uso similar ao do leite, as bebidas vegetais acabaram ficando com o mesmo nome usual).
Demorou 1 ano para chegar à fórmula final do produto e a tecnologia que eles utilizaram está sendo patenteada pela startup. A grande vantagem do leite de ervilhas é o seu teor de proteínas, que é superior ao das demais bebidas vegetais. Tem ainda potássio, vitamina D e cálcio e gorduras insaturadas. Além disso, a produção do leite consome 76% menos água que a mesma quantidade de leite de soja.
As vendas de bebidas vegetais cresceram 11% no ano passado enquanto as de leite caíram 9% e estima-se que cairá ainda outros 20% até 2020. Apesar do claim ecológico, é importante dizer que as ervilhas da Ripple são cultivadas na França enquanto a bebida é feita nos Estados Unidos então a pegada de carbono aumenta e este é um ponto negativo, mas ainda tem a vantagem de as ervilhas não emitirem metano como as vacas. A empresa argumenta que está em busca de um fornecedor da mesma qualidade no próprio país.
Se você se empolgou com a novidade, a startup holandesa Peas of Cake também apostou no ingrediente. Eles produzem bolos sem glúten feitos, claro, de ervilhas!
E aí, já deu vontade de experimentar?
Referências: FastCompany, U.S News, The Guardian
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