Fornecer alimentos seguros é um dos maiores desafios da indústria. Fraudes acontecem aos montes, o escândalo da Operação Carne Fraca não é o primeiro. Como confiar? Que tal um teste rápido de DNA?
Ao contrário do que parece, não estamos sozinhos, fraudes alimentares acontecem aos montes e no mundo inteiro. Em 2013 a Europa se viu em meio a um escândalo devido a carne de cavalo sendo vendida como carne de vaca e mesmo multinacionais como Nestlé e JBS tiveram de se explicar e se desculpar. No mesmo ano, na China carne de rato era tingida e se passava por cordeiro e a suína passava por carne bovina. Carne é um dos campeões de fraude porque sua matéria-prima é cara, a conservação custa caro pois requer refrigeração permanente e é altamente perecível.
So nas áreas de alimentos e farmacêutica, o mercado de tecnologias de rastreamento deverá crescer para uma receita esperada de US$ 14,1 bilhões até 2020. Recall é o procedimento pelo qual o fornecedor informa o público para sanar os defeitos encontrados em produtos ou serviços. Foram 622 recalls contabilizados pela publicação Food Safety Magazine. Cada um gera perdas de cerca de 10 milhões de dólares. E claro, há também às perdas à sociedade, doenças causadas por alimentos ocasionam perda de produtividade, tratamento médico e até mortalidade.
Por outro lado não faltam tentativas de prevenção e detecção. Já falamos de algumas delas aqui e aqui. Uma das mais recentes é o uso de blockchain no rastreamento de alimentos (falamos disso aqui, dá uma olhada!). Mas para analisar o alimento em si, a tendência é o uso de teste rápido de DNA.
Teste de DNA é o segmento o maior crescimento na área de testes em segurança de alimentos
DNA não é em si algo novo, mas seus maiores gargalos são o preço, custo, portabilidade e o tempo dos resultados (demoram semanas a ficar prontos). A inovação é que agora há teste rápido de DNA, portátil e barato, que gera resultados em apenas 5 minutos. A startup israelense SnapDNA é uma das pioneiras nesta tecnologia e suas análises são usadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) para testar contaminação por Salmonella, Listeria, E. coli, entre outros.
Outra startup que concorre neste mercado é a norte-americana Clear Labs, através do teste rápido de DNA eles atestam a integridade de alimentos e bebidas. Além de bactérias, é possível detectar também presença de hormônios, antibióticos, metais pesados e pesticidas nas amostras.
Referências: Wired, Vox, Business Insider, Fast Company, Alô SP, Procon, Food Safety Tech